quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Estudo do Entorno


O terreno escolhido para a implantação de uma habitação coletiva verticalizada está situado no bairro Saraiva, que é delimitado por duas importantes vias da cidade: à leste a avenida João Naves de Ávila e à oeste a avenida Rondon Pacheco.


O terreno do bairro foi determinado pelo zoneamento da cidade como ZONA RESIDENCIAL 2. E é margeado por uma das duas vias especiais do bairro Saraiva, a avenida Alexandre Ribeiro Guimarães.




Parte do bairro, principalmente nas proximidades do terreno, há um número considerável de edifícios de apartamentos. A imagem a seguir ilustra a densidade:


Acessos

O bairro faz a interligação entre bairros importantes da cidade, por isso algumas das suas vias possuem um fluxo intenso de veículos e pessoas. Assim, a situação do terreno é de fácil acesso.

O acesso ao terreno e também ao bairro pode ser consolidado pela avenida Nicodemos Alves dos Santos, para quem vem do Centro, pela rua Carrijos, que faz ligação com a avenida Rondon Pacheco, pela rua Tapuios, de quem vem da avenida João Naves de Ávila.

Localização


Pode-se considerar que o terreno se situa no centro do bairro, especificamente no encontro das vias Armando Lombardi e Alexandre Ribeiro Guimarães.

Fotos do terreno e entorno


Rua Armando Lombardi


Avenida Alexandre Ribeiro Guimarães






A topografia


Ventilação/Iluminação


Do Projeto

Para definir as metragens aproximadas, e a relação da implantação do projeto com o terreno, foram estudados os ambientes de cada apartamento e suas metragens.


O projeto visa atender às pessoas que possuem algum tipo de deficiência física, por isso todos os apartamentos serão projetados com dimensões especiais. Assim, o edifício permitirá uma inclusão social dessa parte da população, que não é pouca quando comparada ao tamanho do território brasileiro. Dessa forma, aqueles que não possuem deficiência de mobilidade desfrutarão de um espaço amplo nas atividades domésticas.


O projeto será desenvolvido à base de módulos de 1,5x1,5m; 1,5x0,3m; 0,3x0,3m; O maior módulo foi criado com baseado na medida do diâmetro que o cadeirante precisa para fazer o giro completo da cadeira de rodas.

A idéia de inclusão social também está inserida quando o projeto possibilita uma flexibilidade dos perfis dos moradores que habitarão o edifício.



Inicialmente, o sistema construtivo adotado será de estrutura metálica e os materiais utilizados para a vedação, principalmente, será concreto aparente, madeira e vidro.








terça-feira, 20 de setembro de 2011

Edifício em Madri, Paulo Mendes da Rocha



A análise que segue aos projetos identifica pontos como os aspectos contextuais e ambientais – implantação, tipologias e conforto ambiental, aspectos programático-funcionais - setorização, acessos,ambiência interna e externa, aspectos técnico-construtivos, tratamento plástico e flexibilidade de projeto.

Visão Geral
Local : Madri
Ano : 2004-2007
Arquiteto : Paulo Mendes da Rocha
Edificio Multifamiliar
Número de blocos : 2
Número de andares : 8
Número de apartamentos: 60
Forma : 8 aptos por andar, parcialmente conectados com circulação periférica
Implantação: nos vértices da quadra, em forma de "L" e aberta para o espaço público








Tipologias: tripartição (íntimo, social e serviço); unidades de 2,3 ou 4 dormitórios
Área entre 60m² e 90m² .
Aberturas: repetição dos elementos retangulares




Orientação da edificação: SE-NE




Aspectos programáticos
Setorização: acontece na organização/disposição dos cômodos das unidades

Acessos: térreo livre ao nível do pedestre; garagem subterrânea;acesso às unidades por pátio aberto; circulação vertical externa = espaço de transição entre público e privado










Aspectos técnicos construtivos
Materiais: vidro e concreto



Tratamento plástico dos volumes e superfícies: volume racional /sem movimento. A escada e a passarela quebram isso



As fachadas são integrais apresentando um padrão na repetição dos elementos e uma influência contemporânea.





Flexibilidade dos ambientes : é rígido e tripartido



Considerações finais

Edifício residencial de interesse social inserido no plano de expansão da capital Espanhola, na área sul da cidade.
Descrição: edifício de 8 pavimentos com térreo livre totalizando 60 apartamentos com área variando entre 60m² e 90m² .
As unidades são setorizadas com tipologia tripartida ( social , intima e serviços ) podendo ser de 2 , 3 ou 4 dormitórios, com 8 apartamentos por andar parcialmente conectados com circulação periférica.
A rigidez da planta é contraposta pela configuração dos acessos que acontecem como intermédio entre espaço interior e exterior , entre público e privado.
O eixo de circulação vertical composto por uma passarela externa desconexa da face voltada para um pátio central quebra a racionalidade e rigidez do volume e marca esse espaço de transição entre o público e o privado também defendidos no projeto pela garagem subterrânea,térreo livre e pátio aberto de acesso as unidades.
O projeto toma partido da discussão sobre a relação entre áreas residenciais e coletivas e entre a cidade e o domínio privado e diverge da idéia do condomínio privado que transfere para dentre os muros altos equipamentos e possibilidades de convívio relacionados à dinâmica natural da cidade, que muito se tem produzido no contexto nacional.
A implantação tem como referencia a tipologia das quadras espanholas, o que determinou a sua forma em L , nos vértices da quadra. ( imposição dos órgãos responsáveis ), e condicionam os elementos relacionados ao conforto ambiental como iluminação e ventilação naturais.
As fachadas são integrais apresentando um padrão na repetição dos elementos e uma influência contemporânea.





Referências:
http://www.ideazarvos.com.br/site/projeto/perfil/14
http://gruposp.arq.br/
http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/paulo-mendes-da-rocha-e-bellosillo-associados-edificio-residencial-19-09-2008.html

Edifício Simpatia, Grupo SP






Visão Geral
Local: Vila Madalena, SP
Ano: 2007
Arquiteto: Grupo SP- Álvaro Puntoni, João Sodré e Jonathan Davies
Número de blocos :1
Número de apartamentos: 11
Metragem : aptos 95-113 m²
cobertura 275-316 m²
Forma: 2 aptos por andar, desconectados com circulação central


Implantação

O edifício se apropria da topografia acidentada
Implantar um edifício habitacional neste lugar é uma construção da topografia e do vazio. Um desenho de “viver na cidade
.








Tipologias:
Planta totalmente flexível
2 blocos de apartamentos:
-superior e aéreo: estrutura habitacional
-inferior e arraigado: serviços e garagens





Aberturas
A aleatoriedade das aberturas das faces norte e sul que sublinham a singularidade de cada apartamento





Aspectos conceituais
Setorização









Acesso
O acesso ao prédio é dado por rampas que juntamente com os elevadores ,garantem acessibilidade total a edificação






Ambiente externo-interno
O bloco de circulação vertical – escadas e elevadores – entre os dois blocos está voltado para o pátio de acesso fortalecendo o espaço de encontro e convivência.


Tratamento plástico dos volumes e superfícies
Fachadas com presença de vazios variando na repetição de elementos



Construção do espaço como ambiente flexível
O espaço não se fecha, permanece aberto para a vista e para o jardim aquático


Considerações finais
Gentileza Urbana: por meio de um recuo dos fechamentos da divisa, o edifício oferta à cidade uma pequena praça

















Descrição: edifício de 8 andares e 11 apartamentos organizados em dois blocos opostos- Simpatia e Medeiros, com 2 apartamentos por andar desconectados pela circulação central. Os blocos tem vistas diferenciadas e estão elevados com relação ao térreo onde acontece o pátio de acesso.As unidades tem área variável entre 95m² e 113m² , e 275m² e 316m² para as coberturas, possuindo plantas livres e uma diversidade de possibilidades de layouts adaptáveis às varias conformações familiares . – Planta Flexivel
Sua implantação acompanha o desenho da topografia acidentada ,existente entre a rua Simpatia e a Medeiros de Albuquerque, que tem papel imperativo na organização dos blocos do edifício.
A partir da rua Medeiros , uma rampa chega ao pátio por onde acessa-se os elevadores e escadas que organizam a circulação para os blocos de apartamentos , o térreo inferior onde acontece a área de laser e o subsolo que comporta a o estacionamento do edifício também acessado ao nível da Rua Simpatia por outra rampa.
O pátio de acesso tem planta livre com planta livre e se conforma como espaço de encontro e convívio. É servido por um jardim aquático e também da acesso à área de piscina.
O bloco de circulação central entre os dois apartamentos abre-se para varandas voltadas para o vazio central do pátio dando continuidade espacial à idéia de convívio e encontro pretendidos pelo pátio.